segunda-feira, 20 de maio de 2013

A Raposa e o Porco Espinho


Uma Raposa, que precisava atravessar a nado um rio não muito caudaloso, acabou surpreendida por uma forte e inesperada enchente.
Depois de muita luta, teve forças apenas para alcançar a margem oposta, onde caiu quase sem fôlego e exausta.
Mesmo assim, estava feliz por ter vencido aquela forte correnteza, da qual chegou a imaginar que jamais sairia com vida.
Pouco tempo depois, veio um enxame de moscas hematófagas (que se alimentam de sangue) e pousaram sobre ela. Mas, ainda fraca para fugir delas, permaneceu quieta, repousando, em seu canto.
Então veio um Porco Espinho, que vendo todo aquele seu drama, gentilmente se dispôs a ajudá-la e disse: "Deixe-me espantar estas moscas para longe de você!"
E exclamou a Raposa quase sussurrando: "Não! Por favor, não me tenha por ingrata meu amigo, mas, não as perturbe. Elas já pegaram tudo aquilo de que precisavam. Se você as espanta, logo outro enxame faminto virá e irão tomar o pouco sangue que ainda me resta!"
Moral da História:
Pode ocorrer que, algumas vezes, o remédio para a cura de um mal é pior que o mal em si mesmo.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

O Cão e o osso


Um dia, um cão ia atravessando uma ponte, carregando um osso na boca.

Olhando para baixo, viu sua própria imagem refletia na água. Pensando ver outro cão, cobiçou-lhe logo o osso e pôs-se a latir.Mal, porém, abriu a boca, seu próprio osso caiu na água ese perdeu para sempre.

moral:mais vale um pássaro na mão que dois voando.

A rosa e a borboleta




Era Uma vez uma borboleta que se apaixonou por uma linda rosa. A rosa ficou comovida, pois o pó das asas da borboleta formava um maravilhoso desenho em ouro e prata. Assim, quando a borboleta se aproximou voando da rosa e disse que a amava, a rosa ficou coradinha e aceitou o namoro. Depois de um longo noivado e muitas promessas de fidelidade, a borboleta deixou sua amada rosa. Mas ó desgraça! A borboleta só voltou muito tempo depois.
- É isso que você chama fidelidade? – choramingou a rosa. – Faz séculos que você partiu, e além disso você passa o tempo de namoro com todos os tipos de flores. Vi quando você beijou dona Gerânio, vi quando você deu voltinhas na dona Margarida até que dona Abelha chegou e expulsou você... Pena que ela não lhe deu uma boa ferroada!
- Fidelidade!? – riu a borboleta. – Assim que me afastei, vi o senhor Vento beijando você. Depois você deu o maior escândalo com o senhor Zangão e ficou dando trela para todo besourinho que passava por aqui. E ainda vem me falar em fidelidade!
Moral: Não espere fidelidade dos outros se não for fiel também.

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

A Fábulas dos dois amigos




Há milhares de anos, em um dia de outono, dois amigos viajavam a pé por um caminho que atravessava um belo bosque. De repente surgiu diante deles um urso faminto, ameaçador, pronto para atacar.
Sem pensar por um só instante, um dos viajantes subiu rapidamente a um dos galhos mais elevados de uma árvore próxima. O outro, sozinho diante da fera e ameaçado pelo sentimento de pânico, lembrou de algo decisivo. Tempos atrás, tinha ouvido que um urso não se alimenta de cadáveres.
Atirou-se então imediatamente ao solo e fingiu-se de morto. O urso chegou até ele e colou o focinho ao corpo aparentemente sem vida. Durante alguns segundos, cheirou o rosto e as orelhas, enquanto o homem continha a respiração. Sacudindo a cabeça, aparentemente decepcionado, o urso desistiu e afastou-se. O perigo havia passado. O homem ergueu-se lentamente do chão, sentindo uma perfeita calma. Seu colega desceu da árvore, aproximou-se com ar curioso e perguntou:
“Quando você estava deitado, o que foi que o urso disse ao seu ouvido?”
“Na verdade, ele me deu um conselho”, foi a resposta. “Na linguagem dos ursos, ele me disse com jeito amável: ‘jamais deves viajar em companhia de amigos como esse aí da árvore, que te abandonam a toda velocidade quando estás em perigo’.


A fábula acima ilustra o fato de que as adversidades são úteis para testar a sinceridade dos nossos amigos. As derrotas e situações de perigo podem ser muito desagradáveis, mas, pelo menos, elas nos permitem conhecer a verdadeira solidez dos nossos laços de afeto. “Amigos na dificuldade, amigos de verdade”, diz um antigo ditado inglês.

sábado, 19 de dezembro de 2009

Mais uma vez era véspera de Natal. Parecia que a alegria e o desejo de presentear se espalhavam por todos os lados, menos no lar da família Souza. Há mais de quatro meses o pai estava muito doente. Neste Natal não haveria presentes para os filhos, e a geladeira estava vazia.

As cinco crianças olhavam pela janela ansiando por alguma coisa especial nesse dia tão esperado. "Como seria bom se alguém viesse!", suspiravam ansiosas. A noite foi passando, e ninguém chegou. A mãe colocou seus filhos na cama. Eles estavam decepcionados. No entanto, adormeceram rápido. Logo todos estavam dormindo.

O dia do Natal chegou, e mais uma vez os cinco pequenos assumiram seus postos na janela. A mãe orava fervorosamente, pedindo que Deus enviasse algum alimento para seus filhos e para seu marido enfermo.

O dia foi chegando ao fim quando se ouviram batidas na porta. Será que alguém havia se lembrado deles? Quando a mãe abriu a porta, deparou-se com um homem amável carregando um cesto cheio de mantimentos e presentes para toda a família. As crianças abraçaram-no efusivamente, dizendo: "Que bom que você veio! Que bom que você veio! Achamos que ninguém se lembraria de nós!"

Há dois mil anos, outra família estava com problemas. Seu caso parecia insolúvel. Mas no momento certo veio o presente, o dom que trouxe alegria, paz e esperança a todos. Essa família é a humanidade. Por quatro mil anos as pessoas haviam ansiado e esperado por algo melhor, mas a escuridão ficava cada vez maior.

Então veio o presente: "Vindo, porém, a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei" (Gálatas 4.4). Ele foi chamado Jesus, "porque ele salvará o seu povo dos pecados deles" (Mateus 1.21).

UMA FÁBULA DE NATAL

Certo homem, chamado Mogo, costumava olhar o Natal como uma festa sem o menor sentido. Segundo ele, a noite de 24 de dezembro era a mais triste do ano, porque várias pessoas se davam conta de quão solitárias eram, ou da pessoa querida que havia morrido naquele ano.
Mogo era um homem bom. Tinha uma família, procurava ajudar o próximo, e era honesto nos negócios. Entretanto, não podia admitir que as pessoas fossem tão ingênuas a ponto de acreditar que um Deus havia descido à Terra só para consolar os homens.
Sendo uma pessoa de princípios, não tinha medo de dizer a todos que o Natal, além de ser mais triste que alegre, também estava baseado numa história irreal - um Deus se transformando em homem.
Como sempre, na véspera da celebração do nascimento de Cristo, sua esposa e seus filhos se prepararam para ir à igreja. E, como de costume, Mogo resolveu deixá-los ir sozinhos, dizendo:
- Seria hipocrisia da minha parte acompanhá-los. Estarei aqui esperando a volta de vocês.
Quando a família saiu, Mogo sentou-se em sua cadeira preferida, acendeu a lareira, e começou a ler os jornais daquele dia. Entretanto, logo foi distraído por um barulho na sua janela, seguido de outro e mais outro. Achando que era alguém jogando bolas de neve, Mogo pegou o casaco e saiu, na esperança de dar um susto no intruso.
Assim que abriu a porta, notou um bando de pássaros que haviam perdido seu rumo por causa de uma tempestade, e agora tremiam na neve. Como tinham notado a casa aquecida, tentaram entrar, mas, ao se chocarem contra o vidro, machucaram suas asas, e só poderiam voar de novo quando elas estivessem curadas.
"Não posso deixar essas criaturas aí fora", pensou Mogo. "Como ajudá-las?"
Mogo foi até a porta de sua garagem, abriu-a e acendeu a luz. Os pássaros, porém, não se moveram. "Elas estão com medo", pensou Mogo . Então, tornou a entrar em casa, pegou alguns miolos de pão, e fez uma trilha até a garagem aquecida. Mas a estratégia não deu resultado. Mogo abriu os braços, tentou conduzi-los com gritos carinhosos, empurrou delicadamente um e outro, mas os pássaros ficaram mais nervosos ainda, começaram a se debater andando sem direção, pela neve e gastando inutilmente o pouco de força que ainda possuíam. Mogo já não sabia o que fazer.
- Vocês devem estar me achando uma criatura aterradora - disse, em voz alta:
- Será que não entendem que podem confiar em mim? Desesperado gritou:
- Se eu tivesse, neste momento, uma chance de me transformar em pássaro só por alguns minutos, vocês veriam que eu estou realmente querendo salvá-los!
Neste momento, o sino da igreja tocou, anunciando a meia-noite. Um dos pássaros transformou-se em anjo, e perguntou a Mogo:
- Agora você entende por que Deus precisava transformar-se em homem?
Com os olhos cheios de lágrimas, ajoelhando-se na neve, Mogo respondeu:
- Perdoai-me anjo.Agora eu entendo que só podemos confiar naqueles que se parecem conosco e passam pelas mesmas coisas pelas quais nós passamos.


Autor desconhecido

O Natal no Front e a História de São Nicolau


24 de dezembro de 1914, primeiro ano da Primeira Guerra Mundial... No front, a batalha é intensa e entra pela noite manifestando a bravura dos soldados nas trincheiras de ambos os lados. Inesperadamente, as fileiras alemãs param de atirar.
24 de dezembro de 1914, primeiro ano da Primeira Guerra Mundial...

No front, a batalha é intensa e entra pela noite manifestando a bravura dos soldados nas trincheiras de ambos os lados.

Inesperadamente, as fileiras alemãs param de atirar! Os contingentes franceses, surpresos, também fazem o mesmo e o silencio desce sobre o campo de batalha.

De repente, os franceses percebem que, das trincheiras alemãs, saem soldados levando tochas que brilham na noite. Eles caminham sobre a neve em cortejo e entoam uma conhecida canção de natal.

Nas fileiras francesas há um momento de expectativa. Os soldados observam os alemães que se aproximam e ficam indecisos se devem ou não atirar. Quando se dão conta, o cortejo já está a poucos passos. Entendem tudo em um relance, saem sem medo de seus postos e abraçam comovidos os soldados alemães.

Era noite de natal!

Reunidos em baixo de um bosque de pinheiros, aqueles homens que instantes atrás tinham dado provas de heroísmo e de virtudes militares, recordaram-se dos seus antigos natais dos tempos de menino.

Um grupo conversa sobre São Nicolau, o legendário São Nicolau que enchia a imaginação das crianças... Alguns soldados alemãs lembram de suas aldeiazinhas montanhosas cobertas de neve.

No dia 6 de dezembro, as famílias reuniam-se na noite em preparação para o Natal. Todos se sentavam em volta das mesas cheias de bolos, doces, frutas perfumadas... o ambiente iluminado à luz de muitas velas era de grande recolhimento, de uma alegria discreta e séria, ao lado do presépio. Perto da lareira brilhava uma linda árvore de Natal. Fora de casa, a neve caia lentamente em leves flocos.

Em determinado momento, o rosto das crianças se iluminava... Ao longe se ouvia um bimbalhar de sinos e um tropel de animais em marcha. As crianças corriam para a janela e encostavam o narizinho no vidro. Viam, na curva do caminho, um trenó dourado puxado por quatro renas, nele estava sentado pomposamente um bispo de longa barba branca. Era São Nicolau, ele estava todo paramentado. Na mão direita trazia um báculo de ouro lavrado e, na mão esquerda, um grande livro cuja capa era de couro em alto relevo e cravejado de rubis e outras pedras preciosas. Seu criado conduzia o trenó. Ao lado do criado, encontrava-se um saco repleto de presentes até as bordas!

Chegando, o Bispo mandava parar o trenó. O criado tomava o saco e batia na porta da casa. O dono vinha recebê-los com a alegria estampada no rosto e em atitude de grande respeito e veneração. O alto porte do prelado, sua longa barba branca, Mitra e o báculo que trazia, tudo isso lhe conferia um ar de solenidade que se entremeava com a afabilidade da fisionomia e a doçura do olhar. Ele sorria para as crianças, erguia depois a mão de modo solene e traçava o sinal da cruz abençoando a todos!

O ancião dirigia-se às crianças com ternura. A uma pedia que cantasse uma canção de Natal, a outra, que recitasse uma poesia. A uma terceira, que rezasse uma oração. E todas as crianças, que viviam sua fase de inocência e estavam abertas para o maravilhoso e o sobrenatural, percebiam que aqueles homens eram pessoas que haviam descido dos céus. Realidade para todos nós católicos e para as almas verdadeiramente inocentes.

Dando-se por satisfeito, o respeitado visitante abria então o grande livro, o Livro de Ouro! Nele havia sido registrado, durante o ano, o comportamento das crianças. Após consultá-lo, o bispo chamava uma por uma cada criança. A algumas ele dava bolo, doces, bombons e frutas como presente, pois elas haviam sido bem comportadas.

A outras, porém, ele as colocava sentadas em seu joelho. Afável, mais serio, repreendia o mal comportamento que tiveram, fazia prometerem emenda. Caso contrario, no próximo ano, mandaria seu criado aplicar um bom castigo. Às mais especialmente insubordinadas, ele ameaçava colocar dentro do saco e levá-las caso não se corrigissem.

Assim, São Nicolau ia de casa em casa dando bons conselhos, presentes e também reprimendas. Nas casas em que ele não podia passar, deixava presentes nos sapatos postos do lado de fora da janela, À ninguém o ancião esquecia!

Depois destas recordações, os soldados alemãs despediram-se dos franceses.

Comemoraram juntos o Natal. Agora, deviam voltar para suas trincheiras! Comovidos, os franceses viram formar-se o mesmo cortejo e os alemãs se afastaram pouco a pouco... deixando na neve a marca de seus passos.

E o som da maravilhosa canção cortou novamente o campo de batalha, cada vez mais distantes.. e o silêncio acabou por se fazer no front, deixando nas almas o eco daquela canção!