Há milhares de anos, em um dia de outono, dois amigos viajavam a pé por um caminho que atravessava um belo bosque. De repente surgiu diante deles um urso faminto, ameaçador, pronto para atacar.
Sem pensar por um só instante, um dos viajantes subiu rapidamente a um dos galhos mais elevados de uma árvore próxima. O outro, sozinho diante da fera e ameaçado pelo sentimento de pânico, lembrou de algo decisivo. Tempos atrás, tinha ouvido que um urso não se alimenta de cadáveres.
Atirou-se então imediatamente ao solo e fingiu-se de morto. O urso chegou até ele e colou o focinho ao corpo aparentemente sem vida. Durante alguns segundos, cheirou o rosto e as orelhas, enquanto o homem continha a respiração. Sacudindo a cabeça, aparentemente decepcionado, o urso desistiu e afastou-se. O perigo havia passado. O homem ergueu-se lentamente do chão, sentindo uma perfeita calma. Seu colega desceu da árvore, aproximou-se com ar curioso e perguntou:
“Quando você estava deitado, o que foi que o urso disse ao seu ouvido?”
“Na verdade, ele me deu um conselho”, foi a resposta. “Na linguagem dos ursos, ele me disse com jeito amável: ‘jamais deves viajar em companhia de amigos como esse aí da árvore, que te abandonam a toda velocidade quando estás em perigo’.
A fábula acima ilustra o fato de que as adversidades são úteis para testar a sinceridade dos nossos amigos. As derrotas e situações de perigo podem ser muito desagradáveis, mas, pelo menos, elas nos permitem conhecer a verdadeira solidez dos nossos laços de afeto. “Amigos na dificuldade, amigos de verdade”, diz um antigo ditado inglês.
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ResponderExcluirPARABÉNS PELA MONTAGEM DESTE ESPAÇO.